Monday, April 23, 2007

O RUÍDO DAS UQE'S 2300 É DEMASIADO?

Comboios continuam a ser maus vizinhos

Ruído dos comboios não deixa em paz os moradores da Praceta de Sagres, na Amadora[/

Os moradores da Praceta de Sagres, na Amadora, vão apresentar queixa no Ministério do Ambiente contra a CP e a Refer.

A razão continua a ser o ruído dos comboios da Linha de Sintra.

Há um ano terminaram as obras de colocação de barreiras acústicas junto às suas habitações, mas novas medições efectuadas pela Câmara Municipal da Amadora (CMA) dão conta de que os níveis de ruído continuam muito acima do permitido por lei.

O relatório das medições efectuadas dentro das habitações de vários moradores dão conta que os níveis de ruído durante o dia, mesmo com as janelas fechadas, são de mais de 14 decibéis, quando o valor permitido por lei é de apenas 5 decibéis. À noite, a situação é ainda mais grave 16 decibéis.

"A CP até agora fugiu sempre à responsabilidade, mas depois da colocação das barreiras acústicas, o problema passa a ser dos comboios que são muito ruidosos.

Chegaram a circular na linha de Sintra os comboios de dois pisos que são muito mais silenciosos, mas depois do encerramento do túnel do Rossio desapareceram", critica António Pereira, porta-voz dos moradores da Praceta de Sagres.

Para os moradores o que está em causa é o facto de, "depois do investimento financeiro nas barreiras acústicas, continuar tudo na mesma". E exigem o cumprimento da lei.
Quando foi feita a quadruplicação da linha-férrea, em 1997, as queixas começaram. "Na altura não tínhamos argumentos legais porque só em 2001 é que foi aprovado o regulamento geral do ruído", diz António Pereira.


Em Fevereiro de 2006, a Refer conclui a colocação de barreiras acústicas até à entrada da estação da Amadora, ficando ainda por resolver o problema dos moradores da Avenida Cardoso Lopes. "Iremos realizar uma reunião entre os vários representantes dos moradores, terça-feira, para analisarmos o relatório da Câmara para depois apresentarmos a queixa no Ministério do Ambiente", garante António Pereira.

De acordo com fonte da CP, compete à Refer a responsabilidade de instalar mecanismos eficazes de redução de ruído.


Milene Matos Silva / http://jn.sapo.pt/2007/04/23/pais/

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Toda a gente sabe que as UQE's 2300 e 2400 são de facto barulhentas, coisa que poderá vir a ser solucionada com a introdução de novos boogies nessas composições que entrarão agora num programa de modernização de meio de vida, a ser efectuado nas instalações do Grupo Oficinal do Entroncamento.

Mas as UQE's 3500, de dois pisos nunca chegaram a ir à estação do Rossio, pelo que se nota alguma ignorância por parte dos queixosos, ou má interpretação por parte do jornalista.
De facto circularam na linha de Sintra, durante um certo periodo, mas apenas para o percurso Queluz-Massamá - Alverca.

Actualmente esse serviço ferroviário regular para Alverca é feito, com recurso às UQE's 230 ou 2400, aos dias úteis desde a estação de Maleças, e aos fins de semana desde Sintra.

As barreiras acústicas colocadas em grandes extensões da linha de Sintra e noutras linhas, nas zonas urbanas que estas atravessam servem exactamente para evitar a poluição sonora, numa atitude ambiental aceitável, embora visualmente e paisagisticamete desastrosa, para mais, sendo as plataformas ideiais para que os grafitteres da nossa praça as transformem em uma certa forma de arte urbana de beleza e criatividade mais que discutível.

Julgo que o bem senso deve imperar, já que a Linha de Sintra foi inaugurada na última metade do Século XIX, e se é certo que à altura ao longo do seu percurso, a paisagem envolvente não estava urbanizada como agora, parece-nos a todos que mais importantes problemas da realidade suburbana que envolve a cidade de Lisboa existem como os da integração social e mau desenho urbanistico, que dão mais problemas ao nível da qualidade de vida que a passagem regular de comboios suburbanos mais modernos e rápidos, que as antigas UTE's 2000.

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